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terça-feira, 26 de julho de 2016

6 Reescritura de frases e parágrafos do texto


Padrão
6 Reescritura de frases e parágrafos do texto.
6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto.
6.2 Retextualização de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
Este ítem será abordado como um tema só, pois a separação deles está meio complicada, pois a substituição de palavras ou de trechos tem tudo a ver com a retextualização
Reescrituração de textos
Figuras de estilo, figuras ou Desvios de linguagem são nomes dados a alguns processos que priorizam a palavra ou o todo para tornar o texto mais rico e expressivo ou buscar um novo significado, possibilitando uma reescritura correta de textos.
Podem ser:
Figuras de palavras
As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
São figuras de palavras:
Comparação:
Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina. / Beijou sua mulher como se fosse lógico.” (Chico Buarque);
“As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas…” (Jorge Amado).
Metáfora:
Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão.” (Machado de Assis).
Metonímia:
Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
– o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice (o conteúdo de um cálice) de licor.
– a causa pelo efeito e vice-versa: “E assim o operário ia / Com suor e com cimento (com trabalho) / Erguendo uma casa aqui / Adiante um apartamento.” (Vinicius de Moraes).
– o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto (o vinho da cidade do Porto).
– o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Amado).
– o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração (sentimento, sensibilidade).
– o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pelos revolucionários.
– a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.
– o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.
– a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).
– o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso, glutão).
Sinédoque:
Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
– o todo pela parte e vice-versa: “A cidade inteira (o povo) viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo.” (J. Cândido de Carvalho)
– o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido; o carioca (todos os cariocas), atrevido.
– o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um mecenas (protetor).
Catacrese:
A catacrese é um tipo de especial de metáfora, “é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico.” (Othon M. Garcia).
São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate / dente de alho / montar em burro / céu da boca / cabeça de prego / mão de direção / ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro no banco.
Sinestesia:
A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal.” (Augusto Meyer)
Antonomásia:
Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos: “E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e enlameia a túnica inconsútil; (Raimundo Correia). / Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= Virgílio) / O poeta dos escravos (= Castro Alves) / O Dante Negro (= Cruz e Souza) / O Corso (= Napoleão)
Alegoria:
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um referencial e outro metafórico.
Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente…” (Machado de Assis).

Figuras de sintaxe ou de construção:

As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Elas podem ser construídas por:
a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.
Portanto, são figuras de construção ou sintaxe:
Assíndeto:
Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Exemplo: “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.” (Machado de Assis).
Elipse:
Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.
Exemplo: “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas.” (elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias…).
Zeugma:
Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.
Exemplo: “Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes.” (Zeugma do verbo: “e foram assassinados…”) (Camilo Castelo Branco).
Anáfora:
Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.
Exemplo: “Depois o areal extenso… / Depois o oceano de pó… / Depois no horizonte imenso / Desertos… desertos só…” (Castro Alves).
Pleonasmo:
Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado.
a) Pleonasmo literário:
É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia, tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplo: “Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os olhos eu quis ver de perto / Quando em visão com os da saudade via.” (Alberto de Oliveira).
“Morrerás morte vil na mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
“Ó mar salgado, quando do teu sal / São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa).
b) Pleonasmo vicioso:
É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do sentido real das palavras.
Exemplos: subir para cima / entrar para dentro / repetir de novo / ouvir com os ouvidos / hemorragia de sangue / monopólio exclusivo / breve alocução / principal protagonista.
Polissíndeto:
Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical (geralmente a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.
Exemplo: “Vão chegando as burguesinhas pobres, / e as criadas das burguesinhas ricas / e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.” (Manuel Bandeira).
Anástrofe:
Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas (determinante/determinado).
Exemplo: “Tão leve estou (estou tão leve) que nem sombra tenho.” (Mário Quintana).
Hipérbato:
Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.
Exemplo: “Passeiam à tarde, as belas na Avenida. ” (As belas passeiam na Avenida à tarde.) (Carlos Drummond de Andrade).
Sínquise:
Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
Exemplo: “A grita se alevanta ao Céu, da gente. ” (A grita da gente se alevanta ao Céu ) (Camões).
Hipálage:
Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase.
Exemplo: “… as lojas loquazes dos barbeiros.” (as lojas dos barbeiros loquazes.) (Eça de Queiros).
Anacoluto:
Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos – que não apresentam função sintática definida – desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Alcântara Machado).
Silepse:
Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associada.
a) Silepse de gênero:
Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” (Guimarães Rosa).
b) Silepse de número:
Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário Barreto).
c) Silepse de pessoa:
Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas.” (Machado de Assis).

Figuras de pensamento:

As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
São figuras de pensamento:
Antítese:
Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: “Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal.” (Rui Barbosa).
Apóstrofe:
Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
Exemplo: “Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?” (Castro Alves).
Paradoxo:
Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer;” (Camões)
Eufemismo:
Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: “E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague”. (Chico Buarque).
Gradação:
Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: “Aqui… além… mais longe por onde eu movo o passo.” (Castro Alves).
Hipérbole:
Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac).
Ironia:
Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: “Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: / um amor.” (Mário de Andrade).
Prosopopéia:
Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: “O peixinho (…) silencioso e levemente melancólico…”
Exemplos: “… os rios vão carregando as queixas do caminho.” (Raul Bopp)
Um frio inteligente (…) percorria o jardim…” (Clarice Lispector)
Perífrase:
Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo: “Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu Brasil.” (André Filho).
Até este ponto retirei informações do site PCI cursos
Vícios de Linguagem

Ambiguidade

Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto.
Ex:
  • “Onde está a vaca da sua avó?” (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)
  • “Onde está a cachorra da sua mãe?” (Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe?)
  • “Este líder dirigiu bem sua nação”(“Sua”? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?).
Obs 1: O pronome possessivo “seu(ua)(s)” gera muita confusão por ser geralmente associado ao receptor da mensagem.
Obs 2: A preposição “como” também gera confusão com o verbo “comer” na 1ª pessoa do singular.
A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional, em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem.

Barbarismo

Barbarismoperegrinismoidiotismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equivalente vernácula.
De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem diferentes nomes:
  • galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (de Gália, antigo nome da França);
  • anglicismo, quando do inglês;
  • castelhanismo, quando vindos do espanhol;
Ex:
  • Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria “quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente”);
  • Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria “comeu um rosbife“);
  • Havia links para sua página (anglicismo; o mais adequado seria “Havia ligações (ou vínculos) para sua página”.
  • Eles têm serviço de delivery. (anglicismo; o mais adequado seria “Eles têm serviço de entrega”).
  • Premiê apresenta prioridades da Presidência lusa da UE (galicismo, o mais adequado seria Primeiro-ministro)
  • Nesta receita gastronômica usaremos BlueberriesGrapefruits. (anglicismo, o mais adequado seria MirtiloToranja)
  • Convocamos para a Reunião do Conselho de DA’s (plural da sigla de Diretório Acadêmico). (anglicismo, e mesmo nesta língua não se usa apóstrofo ‘s’ para pluralizar; o mais adequado seria DD.AA. ou DAs.)
Há quem considere barbarismo também divergências de pronúncia, grafia, morfologia, etc., tais como “adevogado” ou “eu sabo“, pois seriam atitudes típicas de estrangeiros, por eles dificilmente atingirem alta fluência no dialeto padrão da língua.
Em nível pragmático, o barbarismo normalmente é indesejável porque os receptores da mensagem frequentemente conhecem o termo em questão na língua nativa de sua comunidade linguística, mas nem sempre conhecem o termo correspondente na língua ou dialeto estrangeiro à comunidade com a qual ele está familiarizado. Em nível político, um barbarismo também pode ser interpretado como uma ofensa cultural por alguns receptores que se encontram ideologicamente inclinados a repudiar certos tipos de influência sobre suas culturas. Pode-se assim concluir que o conceito de barbarismo é relativo ao receptor da mensagem.
Em alguns contextos, até mesmo uma palavra da própria língua do receptor poderia ser considerada como um barbarismo. Tal é o caso de um cultismo (ex: “abdômen”) quando presente em uma mensagem a um receptor que não o entende (por exemplo, um indivíduo não escolarizado, que poderia compreender melhor os sinônimos “barriga”, “pança” ou “bucho”).

Cacofonia

cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que cuidar quando falamos sobre algo para não ofendermos a pessoa que ouve. São exemplos desse fato:
  • “Ele beijou a boca dela.”
  • “Bata com um mamão para mim, por favor.”
  • “Deixe ir-me já, pois estou atrasado.”
  • “Não tem nada de errado a cerca dela
  • “Vou-me já que está pingando. Vai chover!”
  • “Instrumento para socar alho.”
  • “Daqui vai, se for dai.”
Não são cacofonia:
  • “Eu amo ela demais !!!”
  • “Eu vi ela.”
  • “você veja”
Como cacofonias são muitas vezes cômicas, elas são algumas vezes usadas de propósito em certas piadas, trocadilhos e “pegadinhas”.

Plebeísmo

plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e termos considerados informais.
Exemplos:
  • “Ele era um tremendo mané!”
  • “Tô ferrado!”
  • “Tá ligado nas quebradasmeu chapa?”
  • “Esse bagulho é ‘radicaaaal’!!! Tá ligado mano?”
  • ‘Vô piálá’mais tarde ‘ !!! Se ligou maluko ?
Por questões de etiqueta, convém evitar o uso de plebeísmos em contextos sociais que requeiram maior formalismo no tratamento comunicativo.

Prolixidade

É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua superabundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas idéias. Ao texto prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o leitor.
A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e precisão da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa para dizer exatamente o que se quer.

Pleonasmo vicioso

pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso.
Ex:
  • “Ele vai ser o protagonista principal da peça”. (Um protagonista é, necessariamente, a personagem principal)
  • “Meninos, entrem já para dentro!” (O verbo “entrar” já exprime ideia de ir para dentro)
  • “Estou subindo para cima.” (O verbo “subir” já exprime ideia de ir para cima)
  • “Não deixe de comparecer pessoalmente.” (É impossível comparecer a algum lugar de outra forma que não pessoalmente)
  • “Meio-ambiente” – o meio em que vivemos = o ambiente em que vivemos.
Não é pleonasmo:
  • “As palavras são de baixo calão“. Palavras podem ser de baixo ou de alto calão.
O pleonasmo nem sempre é um vício de linguagem, mesmo para os exemplos supra citados, a depender do contexto. Em certos contextos, ele é um recurso que pode ser útil para se fornecer ênfase a determinado aspecto da mensagem.
Especialmente em contextos literários, musicais e retóricos, um pleonasmo bem colocado pode causar uma reação notável nos receptores (como a geração de uma frase de efeito ou mesmo o humor proposital). A maestria no uso do pleonasmo para que ele atinja o efeito desejado no receptor depende fortemente do desenvolvimento da capacidade de interpretação textual do emissor. Na dúvida, é melhor que seja evitado para não se incorrer acidentalmente em um uso vicioso.

Solecismo

Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
De concordância:
  • “Fazem três anos que não vou ao médico.” (Faz três anos que não vou ao médico.)
  • “Aluga-se salas nesse edifício.” (Alugam-se salas nesse edifício.)
De regência:
  • “Ontem eu assisti um filme de época.” (Ontem eu assisti a um filme de época.)
De colocação:
  • “Me empresta um lápis, por favor.” (Empresta-me um lápis, por favor.)
  • “Me parece que ela ficou contente.” (Parece-me que ela ficou contente.)
  • “Eu não respondi-lhe nada do que perguntou.” (Eu não lhe respondi nada do que perguntou.)

Eco

Eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
  • “Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação.”
  • “O aluno repetente mente alegremente.”
  • O presidente tinha dor de dente constantemente.

Colisão

O uso de uma mesma vogal ou consoante em várias palavras é denominado aliteração. Aliterações são preciosos recursos estilísticos quando usados com a intenção de se atingir efeito literário ou para atrair a atenção do receptor. Entretanto, quando seus usos não são intencionais ou quando causam um efeito estilístico ruim ao receptor da mensagem, a aliteração torna-se um vício de linguagem e recebe nesse contexto o nome de colisão. Exemplos:
  • “Eram comunidades camponesas com cultivos coletivos.”
  • “O papa Paulo VI pediu a paz.”
Uma colisão pode ser remediada com a reestruturação sintática da frase que a contém ou com a substituição de alguns termos ou expressões por outras similares ou sinônimas.
Esta matéria eu retirei da Wikipédia

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