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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Amebíase

Visão Geral

O que é Amebíase?

A amebíase é uma infecção parasitária que acomete o intestino. Ela é bastante comum em áreas do mundo onde o saneamento básico é deficiente, permitindo que alimentos e água sejam expostos à contaminação fecal.

Causas

Amebíase é causada pelo parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo principalmente por meio da ingestão de água ou comida contaminadas. Esse parasita também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a matéria fecal. Entamoeba histolytica libera cistos, que são uma forma relativamente inativa do parasita e que pode viver por vários meses no ambiente em que foram depositados, geralmente nas fezes, no solo e na água. Eles também podem ser transmitidos por manipuladores de alimentos e por meio de relação sexual desprotegida.

Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco para infecção por amebíase, como:
  • Alcoolismo
  • Câncer
  • Desnutrição
  • Idade infantil ou idade avançada
  • Gravidez
  • Viagem recente a uma região que não dispõe de boas condições sanitárias e de higiene
  • Uso de corticoide para inibir o sistema imunológico
  • Manter relações sexuais desprotegidas

Sintomas

Sintomas de Amebíase

A maioria das pessoas com amebíase não manifesta sintomas. Quando eles surgem, no entanto, costumam aparecer de sete a dez dias após a exposição ao parasita.

Sintomas leves de amebíase

Sintomas graves de amebíase

  • Sensibilidade abdominal
  • Evacuação de fezes líquidas, às vezes com sangue
  • Evacuação de dez a 20 vezes por dia
  • Febre
  • Vômitos

Diagnóstico e Exames

Buscando ajuda médica

Procure assistência médica se você tiver diarreia persistente. Esse problema pode levar à desidratação e pode agravar seu estado de saúde.
Fique atento aos outros sintomas também. Se suspeitar que tem amebíase, marque uma consulta com um especialista.

Na consulta médica

Entre as especialidades que podem diagnosticar amebíase estão:
  • Clínica médica
  • Infectologia
  • Proctologia
  • Gastroenterologia
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
  • Quando seus sintomas começaram?
  • Seus sintomas são ocasionais ou frequentes?
  • Qual a intensidade dos sintomas?
  • Você tem ido muitas vezes ao banheiro?
  • Você notou sangue entre as fezes?
  • Você viajou recentemente para alguma região com condições precárias de higiene e saneamento básico?

Diagnóstico de Amebíase

O médico poderá começar o diagnóstico com um exame físico. Depois, ele fará algumas perguntas sobre seu histórico médico. Se houver suspeita de que você tem amebíase, ele poderá solicitar a realização de alguns exames específicos, como:
  • Exame de fezes
  • Exames laboratoriais para verificar a função hepática para determinar se houve danos ao fígado
Se o segundo exame mostrar que, sim, houve danos ao fígado, ele poderá pedir a realização de outros exames para verificar se não houve prejuízo a nenhum outro órgão interno. Para isso, ele pedirá alguns exames de imagem, como ultrassonografias e tomografia computadorizada da área afetada.
Finalmente, uma colonoscopia poderá ser realizada para determinar se os parasitas invadiram o intestino ou o tecido do cólon também.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Amebíase

O tratamento para casos simples de amebíase geralmente consiste na prescrição de metronidazol por dez dias, administrado por via oral. O médico também pode prescrever medicamentos para controlar náuseas.
Se o parasita invadir os tecidos intestinais ou órgãos internos, o tratamento deve focar, também, no tratamento de todas as áreas afetadas por ele. Se a infecção parasitária causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, a cirurgia pode ser necessária.
Após o tratamento da amebíase, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de que a infecção foi eliminada.

Medicamentos para Amebíase

Os medicamentos mais usados para o tratamento de amebíase são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Convivendo (prognóstico)

Convivendo/ Prognóstico

Siga à risca as recomendações médicas e tome os medicamentos conforme indicado. Mantenha uma boa alimentação, evitando alimentos gordurosos. Beba bastante líquidos também. Amebíase pode causar desidratação, portanto a ingestão de líquidos é primordial para a recuperação plena do paciente.

Complicações possíveis

Amebíase não tratada pode causar complicações mais graves de saúde, a exemplo de:
  • Abscesso hepático
  • Efeitos colaterais dos medicamentos, incluindo náusea
  • Disseminação do parasita por meio da corrente sanguínea para o fígado, pulmões, cérebro e outros órgãos.

Expectativas

O resultado do tratamento é geralmente bem sucedido. Geralmente, a amebíase dura cerca de duas semanas, mas poderá voltar se não for tratada corretamente. Obediência às recomendações médicas é essencial para a recuperação, bem como alterações no estilo de vida e adaptação na dieta.

Prevenção

Prevenção

Saneamento básico e condições adequadas de higiene são a chave para evitar a amebíase. Outras medidas também podem ser adotadas:
  • Lave bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos
  • Lave bem frutas e verduras antes de comê-las
  • Evite comer frutas ou vegetais, a menos que você lave e descascá-los você mesmo
  • Beba somente água engarrafada
  • Evite leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados
  • Evite alimentos vendidos por ambulantes.

Fontes e referências

  • Ministério da Saúde
  • Clínica Mayo
  • Universidade Federal do Tocantins
  • Organização Mundial da Saúde
  • Departamento de Saúde de Victoria (Austrália)
  • Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos

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